Quarta-Feira, 27 de Janeiro de 2021
Como se associar?Clipping
29/03/2013 às 10:10
Escrito por: Redação
Fonte: Jornal do Commércio (PE)
Desde que assumiu o Ministério da Cultura (MinC), em setembro do ano passado, Marta Suplicy vem fazendo gradativamente mudanças nos quadros da instituição. Nesta quinta (28/3) mais uma modificação foi anunciada: o secretário de Articulação Institucional, o designer e gestor cultural pernambucano José Roberto Peixe, foi exonerado do seu cargo, depois de mais de quatro anos. O substituto ainda não foi anunciado.
Em conversa por telefone, Peixe falou sobre sua saída ao JC. “A mudança é decorrência da vinda de Marta no ano passado, que muda a estrutura do MinC. É algo natural”, explicou, em tom sereno. Peixe foi chamado ao cargo quando Juca Ferreira ainda era ministro e foi mantido por Ana de Hollanda. “Marta assumiu recentemente, há seis meses, e vem montando sua equipe. Ela não fez as mudanças de imediato, mas vinha trabalhando nelas progressivamente. Agora, isso está em uma fase mais final e quase todo o corpo dirigente foi alterado nesse processo”.
Como secretário de Articulação Institucional, Peixe estava a frente da luta pela criação do Sistema Nacional de Cultura (SNC), projeto que une federação, estados e municípios para criar diretrizes conjuntas – e que não mudem a cada mudança de gestão – para as políticas culturais. “O SNC é uma realidade, está na constituição. A luta agora é a implementação”, aponta.
Segundo ele, a saída não tem relação com a sua atuação no cargo. “Marta falou que o trabalho que eu tinha feito era reconhecido pelo ministério. Até porque o Sistema Nacional de Cultura está em um bom patamar agora, fruto de um trabalho nacional iniciado desde 2002, com pausas, mas levado a frente por muitos”, analisa. “Tudo isso foi reconhecido, mas ela quer montar uma equipe dela, de confiança, o que é normal”.
Peixe afirma que ainda não definiu a sua atuação futura. Fica em Brasília até o final de abril, para organizar a volta ao Recife. A atuação no MinC já rendeu convites para palestras e projetos. Sobre voltar à política cultural, diz que não tem planos ainda de participar de governos. “Devo ir a outros espaços. Quero atuar na área na sociedade civil e dentro do meu partido, o PT”.
Leia mais no Caderno C do Jornal do Commercio desta sexta (29/3).