Terça-Feira, 19 de Janeiro de 2021
Como se associar?Clipping
25/04/2013 às 09:40
Escrito por: Redação
Fonte: O Estado de S. Paulo
Sim
Adhemar Oliveira
A cota de 40% é um passo adiante, um remédio, mas não a cura. Pode ajudar no sentido de que haja um melhor controle na operação. Por exemplo, se forem vendidas mil entradas, e considerarmos que 40% são meia, já é melhor que 60% serem meias. Fazendo a matemática, a medida contribuiu para diminuir o valor médio do ingresso inteiro.
Cito o caso de Porto Alegre, que por um período ficou sem meia entrada, quando os exibidores ganharam na Justiça direito de não ter esta meia entrada. E os dados mostram que lá se cobrava o menor preço médio do País. A solução seria fazer como em outros países, como México, Espanha, França, onde a cultura não é menosprezada e não há meia entrada. Lá se fazem promoções, dá-se uma série de descontos, mas é o mercado que regula isso naturalmente.
É diretor de programação dos circuitos cinespaço e espaço Itaú de Cinema
Não
Sara Silveira
Mesmo sendo produtora, e parte interessada na bilheteria dos filmes que produzimos e lançamos, sou a favor da meia entrada e contra a cota de 40%. O direito tem de ser para todos.
O que vai acontecer com o aposentado ou o estudante que chegar e for o 41º da lista do dia? Vai ficar sem o direito? Há muita gente que não tem condições de pagar.
Sou a favor da meia entrada porque quero que nossos filmes sejam vistos. O importante é que o público crie o hábito de ir ao cinema, que tenha acesso à cultura, mesmo com os valores tão altos que hoje o mercado pratica. Mas para que isso funcione, é preciso um controle severo na regulamentação da carteirinha.
É produtora de filmes