No programa “Desperta ICL”, jornalista repercutiu posicionamento do FNDC sobre a nova lei, oriunda do PL 7/2023
Sancionada na última segunda-feira (15/1) pelo presidente Lula, a Lei 14.812/24 deverá aprofundar a concentração no setor de radiodifusão no país. A decisão de não contrariar a bancada evangélica e os barões da mídia representa um retrocesso histórico para a democracia no país. Esse alerta foi dado pelo FNDC, que atuou pelo veto presidencial. “Vai melhorar o ecossistema de comunicação no Brasil? Vai diluir poder? Vai dar mais poder para as rádios comunitárias? Não vai! O FNDC desmente isso”, comentou o jornalista Leandro Demori no programa “Desperta ICL” desta quarta-feira (17/1).
O jornalista destacou o fato de a nova lei ter sido patrocinada pela Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) e pela bancada evangélica. Ele afirma que rádio e televisão são “primordiais para o projeto dos que querem implantar uma teocracia no Brasil, e isso não é segredo para ninguém”.
Demori ainda deixa claro que a lei tornará os empresários da comunicação ainda mais poderosos. “Até há pouco, a Globo, por exemplo, não poderia ter mais que seis canais de televisão, mas agora poderá ter até vinte”, ilustrou Demori. “Onde isso é bom, presidente?”, questionou. Outro ponto comentado foi o fato de o governo ter ignorado a recomendação do Conselho de Participação Social de vetar o projeto.